segunda-feira, 7 de maio de 2007

By Marcus Marx

SONETO DA FIDELIDADE

De tudo, meu amor serei atentoAntes, e com tal zelo, e sempre, e tantoQue mesmo em face do maior encantoDele se encante mais meu pensamento.Quero vivê-lo em cada vão momentoE em seu louvor hei de espalhar meu cantoE rir meu riso e derramar meu prantoAo seu pesar ou seu contentamento.E assim, quando mais tarde me procureQuem sabe a morte, angústia de quem viveQuem sabe a solidão, fim de quem amaEu possa me dizer do amor ( que tive ) :Que não seja imortal, posto que é chamaMas que seja infinito enquanto dure.

Vinícius de Morais

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